Replico este trabalho acrescentando o gráfico didático inicial.
A intenção é demonstrar que o volume uterino aceitável é abaixo do que muitos serviços médicos preconizam.
Luiz Meira
Francisco Mauad Filho, Augusto Fernando Beduschi, Renata Alberge Giugliano Meschino Fernando Marum Mauad, Mauro da Silva Casanova*, Adilson Cunha Ferreira
RESUMO
Objetivo: verificar a acurácia do ultra-som transabdominal (USTA) em determinar as alterações fisiológicas e patológicas do volume uterino e comparar o volume do útero ao USTA e ultra-som transvaginal (USTV), procurando verificar a relação dos métodos. Métodos: inicialmente foram revistos, retrospectivamente, 1186 exames ecográficos pélvicos (USTA e USTV), verificando-se as principais doenças e indicações para estes exames. A seguir, foram selecionados 480 USTA sem doenças uterinas e correlacionou-se o volume uterino com a idade e paridade. Finalmente, foi realizado estudo prospectivo comparando-se o volume uterino de 50 mulheres ao USTA e USTV. Para análise estatística utilizaram-se os testes t de Student e coeficientes de correlação de Spearman e Pearson. Resultados: correlacionando-se com a paridade, para P = 0 (n = 99) o volume foi de 44,4 cm3; para P = 1 (n = 72) o volume foi 58,5 cm3; para P = 2-3 (n = 137), o volume foi 75,8 cm3; para P = 4-5 (n = 56), 88 cm3 e para P = 6 ou mais (n = 26), 105 cm3, mostrando uma correlação positiva entre a paridade e o volume uterino. Com o coeficiente de correlação de Spearman obtiveram-se r = 0,59 e p = 0,001; o coeficiente de correlação de Pearson foi r = 0,55 e o mesmo p. Não houve variações significantes do volume uterino ao USTA e USTV. Conclusões: o útero aumenta com a paridade e sofre alterações do seu volume com a idade, sendo essas modificações detectadas ao USTA. Ambos os métodos (USTA e USTV) são equivalentes na medida do volume uterino; entretanto, a repleção vesical ao USTA permite melhor avaliação do comprimento uterino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Contribua com seu comentário, muitos poderão aproveitar